Há muitos e muitos anos atrás, três primas-irmãs deixaram sua cidade natal, Monte Carmelo, e foram estudar em outras cidades.

Uma se casou e foi morar na capital, as outras duas estudaram na cidade vizinha de Uberlândia. Na metade do curso uma se casou e se mudou para a capital.  A última não tinha o casamento em seus planos. Terminou o curso, rumou para Brasília para fazer um mestrado. E as vidas foram acontecendo.

As que moravam na capital tiveram filhos, trabalhavam, e conviviam em sua cidade natal, muito frequentemente.

A que fez o mestrado terminou andando pelo mundo um pouco mais, morando no sul do País, em dois outros países e parecia ter parado no Rio de Janeiro.

Nessa roda viva, as três ficaram viúvas. As que moravam na capital perderam os maridos ainda jovens, há muitos anos. Uma delas se casou novamente, a outra não.

A mais desgarrada também perdeu o marido, também jovem, mais recentemente. E de além mares, passou a frequentar muito mais a cidade em que nasceu.

E “eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá”, duas já se mudaram para Monte Carmelo, e uma vive com um pé lá e outro cá. Talvez não se estabeleça permanentemente em uma só cidade, pois gosta de variar. Enquanto tiver saúde e disposição, andará por esse mundo. Só mesmo a pandemia interrompeu as idas e vindas, mas torce ardentemente para que o mundo saia o mais breve possível desse atoleiro, para que retome as andanças.

A coisa boa no meio de tudo que está acontecendo são os encontros das três primas-irmãs – respeitando a distância social recomendada. Os cafés têm sido muito alegres, divertidos, com a companhia da mãe de duas delas, e das filhas que estão na cidade e a elas se juntam para desfrutar momentos únicos.

Que bom encontrar bálsamo em meio a tantos problemas que o mundo enfrenta. É agradecer ajudando a quem precisa de comida, de apoio e de um cobertor.