Debalde
por Carmen Bemont
31 de maio de 2020
nada é eterno
mas no meu solo
as marcas dos passos
que demos juntos
permanecem
nítidas
nada é estático
mas no meu gosto
as doçuras que trocamos
cristalizam-se
únicas
nada é verdade
mas nas minhas veias
o sumo de ti
mistura-se
incógnito
nada
nada é debalde